Pedra grande de Atibaia

Quem está em São Paulo e gosta de trilha e natureza tem uma opção pertinho para escapar da cidade grande de vez em quando. Com 1.450m de altitude, a Pedra Grande de Atibaia oferece vistas bonitas, opções de caminhada e de esportes de aventura. Uma ótima opção para sair da rotina, se mexer um pouco e contemplar a natureza.
Como chegar?
Saindo de São Paulo, siga pela Rodovia Fernão Dias até a cidade de Atibaia. São cerca de 70km.
O início da trilha fica dentro de um condomínio fechado no bairro Parque Arco-íris, cuja portaria fica logo atrás da pista de pouso de paraglider e asadelta. No GPS, procure por Rua Comendador Jácomo Antônio Lã Selva, em Atibaia. Ao chegar na portaria apenas diga que vai fazer a trilha e peça a indicação do caminho. Dependendo do horário que chegar, você vai ver carros estacionados em uma pequena estradinha de terra. É de lá que a trilha começa.
Para quem quer curtir a vista com menos esforço físico, dá para chegar na Pedra Grande de carro. O caminho também é pela Fernão Dias, depois é preciso pegar um trecho da Rodovia Dom Pedro I e mais uma estradinha de terra. Há placas sinalizando o local e o carro pode ser estacionado na pedra mesmo. Mais fácil, impossível!

A trilha
Existem 3 caminhos que levam à Pedra Grande: Trilha da Minha Deusa (2,5 km), Trilha da Mangueira (2,9 km) e Trilha dos Monges (2,7 km), sendo a primeira de nível médio e as outras de nível difícil. Todas elas partem do mesmo ponto e não há sinalização. A Minha Deusa é a que começa à esquerda, a dos Monges segue pela direita e a da Mangueira pelo meio.
Com um desnível de cerca de 700m, encarar subidas era certo. Optamos pelo caminho mais fácil, a Minha Deusa, que leva cerca de 2 horas até o topo. O início é marcado por subidas íngremes e pode ser cansativo para os menos preparados (tipo eu!). Há muitas pedras grandes no caminho onde você pode sentar para descansar um pouco e apreciar a vista da cidade de Atibaia, que vai ficando pequenininha à medida que se vai subindo.

A trilha é bem demarcada, mas a falta de sinalização vale para todo o percurso. Em uma das bifurcações pegamos o caminho errado e acabamos por seguir por um trajeto menos acidentado, mas trilha original é um caminho cheio de erosões e buracos que dificultam a passagem, além do solo ser cheio de pedrinhas escorregadias (um bom solado antiderrapante aqui ajuda muito).
Boa parte do percurso é aberto, então proteja-se do sol e tenha água suficiente para todo o trajeto, pois não há nenhum lugar para comprar bebida. No meio do caminho tem uma nascente de água, mas não sei dizer se é própria para consumo, sugiro evitar.
Depois da subida a última parte de caminhada é fácil. Já dá para ver a Pedra Grande e é só andar até lá, subir e curtir o visual. Se ainda tiver fôlego, dá para ir até a Pedra Rachada e para os mais aventureiros dá para saltar de asadelta, paraglider ou fazer rapel.
Para quem subiu pela trilha, chegar na Pedra Grande é a conquista do dia, mas não esqueça que o acesso é fácil de carro e não raro você vai encontrar grupos barulhentos fazendo picnic, mocinhas desfilando no seu melhor modelito mini-saia e salto alto, pessoas sem noção que tem a generosidade de compartilhar o som do seu carro com todas as pessoas que estão por lá, crianças e cachorros correndo de um lado para o outro e por aí vai. Escolha um lugar tranquilo e longe dos carros para curtir o seu momento de vitória e descanso. Depois é só fazer o caminho de volta.

O que levar?
Como em toda trilha, é importante estar preparado.
Está gostando desse artigo? Que tal curtir o Bagagem de Memórias no Facebook?
- Use roupas leves e confortáveis
- Uma blusa leve para se proteger do vento
- Um bom tênis ou bota de caminhada é super recomendado
- Água para todo o trajeto. Não há local para comprar no meio do caminho
- Lanchinho para repor as energias (sanduíches, barra de cereal, chocolate, bolacha etc. Leve o seu lixo embora junto com você.)
- Protetor solar, óculos de sol, boné e repelente
- Papel higiênico para o banheiro natural (é no mato mesmo, ok?)
- Capa de chuva (veja a previsão do tempo antes)
- Uma mochila que comporte tudo o que você precisa levar e deixe suas mãos livres

Leia também:
A Pedra das Flores, Extrema/MG
Free Walking Tour – Centro Histórico de São Paulo
10 dicas para passagem aérea barata
Por dentro do mochilão – fazendo as malas
5 Comments
Parabéns pelo relato !
Foi de grande ajudar para programar o passeio pra lá.
Muito obrigado 🙂
Guito,
Fico muito feliz em saber que consegui ajudar. Espero que você tenha conseguido aproveitar muito o lugar!
Quanto tempo de caminhada, demora saindo da pedra grande até o topo da pedra rachada?
Ja fui 6 vezes, tomei a água da nascente as 6 vezes e ainda não morri, nem tive efeitos colaterais….rsrsrsrsrsr
hahahahha… Que bom, né!
Por precaução, é sempre bom levar água suficiente para todo o trajeto, mas se faltar… sabemos que alguém não morreu!