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A aventura de Uyuni – dia 2

O segundo dia em Uyuni começa cedo. Tomamos os café da manhã e às 7h30 estávamos colocando as malas de volta no carro para partir. Saímos de Alota rumo a uma cidadezinha chamada San Cristóbal, onde vimos uma igreja colonial e para uma rápida passada no mercado. 

 

Igreja colonial de San Cristóbal

Refrigerante de mamão. Isso deve ser horrível!

 

Nesse pouco tempo foi possível observar como os bolivianos do local vivem. A maioria das mulheres em seus trajes típicos – saias no joelho, chapéu e tranças – e algumas crianças simpáticas e curiosas pelas ruas. Foi possível também ver como é um lugar meio esquecido ao ver uma escola alagada após uma noite de neve (imagino que essa cidade não tenha muitas escolas além desta).

As bolivianas

Crianças simpáticas e curiosas

Escola alagada

 

Seguimos para cidade de Uyuni, e bem perto da entrada o Walter, nosso guia e motorista, parou algumas vezes para encher o pneu. Logo suspeitamos que um novo problema acontecia com o carro (veja o post do dia 1 para saber o que aconteceu com o carro no dia anterior). Entramos na cidade e o carro começou a fazer barulhos esquisitos, ele estacionou, disse “já volto”, saiu do carro e entrou no primeiro taxi que passou na rua.

Lá estávamos nós, 7 estrangeiros em algum lugar da Bolívia, na chuva e sem saber o que fazer. Abri a porta do carro para constatar o que suspeitávamos – o pneu estava furado e completamente no chão. Logo ele voltou com um garoto de uns 12 anos, mais ou menos, seu filho, que veio para ajudar a resolver o problema. Enquanto o menino trocava o pneu, o Walter desapareceu de novo. Alguns minutos depois ele apareceu com um pneu novo e foram trocar o que o filho já havia trocado. Problema resolvido, continuamos em frente, mas… onde foi parar o filho do Walter? Para minha surpresa ele estava pendurado do lado de fora do carro! Andamos pouco tempo assim e logo paramos em uma casa ao lado de uma oficina. O menino desceu e uma senhora com mais duas crianças abriu a porta da oficina. Era a casa do Walter e sua família. Pelo menos ele era borracheiro e sabia bem o que fazer com os problemas do carro! Ele deixou uma mala de roupas sujas, pegou uma sacola de tomates e agora sim, seguimos viagem. 

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Fomos para Colchani, uma pequena vila com casas feitas de sal. Lá almoçamos e tivemos alguns minutos para conhecer o local, que não tinha muita coisa. Algumas banquinhas de artesanato e o Museu de Sal, com esculturas (não espere muito desse lugar).

Almoço na casa de sal

Artesanatos de sal

Museu de sal

 

Finalmente chegamos ao Salar de Uyuni! Meta da viagem cumprida!! É um lugar absolutamente simples, apenas com sal e água, mas é essa simplicidade que faz dele um lugar incrível. Fomos em janeiro, quando uma camada de água cobre todo o salar e o transforma em um imenso espelho que reflete tudo que está em cima. 

Salar de Uyuni

 

Existem poucas atrações por lá. Uma delas é o hotel de sal, onde algumas agências hospedam os turistas. O interessante é por ser de sal, mas não tem nenhuma estrutura e deve ser congelante a noite! É possível entrar para conhecer, pagando uma taxa (mas eu não entrei. Preferi curtir o salar). Na frente do hotel tem um monte de bandeiras de vários países do mundo. Procure a sua nacionalidade para tirar uma foto! 

O hotel de sal

Bandeiras do mundo

 

Aí vem a sequencia de fotos do Salar de Uyuni! Fotos nos montinhos, pulando, em grupo, sozinha e até aquelas engraçadas feitas aproveitando a paisagem sem nada do lugar.  Nessa hora o tempo até nos ajudou e o sol apareceu. Aproveite para andar um pouco em cima do carro e ver a imensidão que é o maior salar do mundo. É impossível ver onde começa e onde termina. 

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Tem louco pra tudo! (não faço ideia de quem são essas pessoas)

Em cima do carro

 

Fazia parte do nosso roteiro ir para Isla del Pescado (ou Incahuasi), um lugar com cactus gigantes, mas tinham muitas nuvens no céu e não dava para ver as montanhas ao redor do salar. O Walter disse que sem as montanhas ele não tinha direção e poderíamos ficar perdidos no salar (o que é muito perigoso a noite. Morreríamos congelados).

Não sei se é a energia do lugar, se São Pedro gosta da gente ou se há uma explicação científica, mas pegamos um tempo bem ruim na viagem toda, bem nublado e alguns momentos de chuva, mas no salar não choveu. Estava um pouco nublado quando chegamos e logo o céu abriu! Olhando da estrada, era possível ver que toda a região tinha nuvens pretas, com exceção do salar.

A última parada do dia foi o cemitério de trens. Não sei porque esse é um lugar turístico. É um amontoado de trens velhos, pixados, enferrujados e cheio de lixo, mas já que paramos por lá mesmo, aproveitamos para tirar algumas fotos.

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Esse foi praticamente o fim da viagem, já que o dia seguinte seria basicamente o caminho de volta para San Pedro. Fomos para um hotel simples em Uyuni (a cidade), onde nos prometeram ter água quente. Um banho quente depois desses dias sem banho, de frio, de sol e muito sal não era nada mal, mas… a água estava fria. Reclamamos e depois de muito blá blá blá abriram o quarto do lado para usarmos o banheiro. Não foi o melhor nem o banho mais quente do mundo, mas ainda assim foi bom!